quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

BEM VINDO 2015


VIVA A VIDA!

Atmosfera pode ser algo que se cria, ou constrói ou simplesmente chega como a brisa da manhã sem pedir licença, instalando-se para ser percebida, sentida e vivida em sua plenitude.
E foi numa atmosfera colorida, perfumada e leve que despertei para o primeiro dia de 2015. Seguindo o aprendizado vivido já a alguns anos pela generosidade de meu amigo e terapeuta, Vinicius Francis, hoje seus ensinamentos amanheceram com um sabor especial. O sabor do processo, da jornada, da estrada que o estar em si percorre.
Trabalhar nosso Ser, como único e conexo com o Universo é um processo a ser introjetado, percebido e assumido para ser vivido em excelência.
Já a um tempinho, venho trabalhando tudo o que pode me levar a este caminho. E como todo trabalho, dá trabalho, faz-se necessário perceber cada detalhe, onde há gargalos e como saná-los.
A noite da “virada” foi tensa, pelo prisma dos contrastes. Meu mega Power celular android, que serve como ferramenta de trabalho, entretenimento e comunicação, caiu no vaso sanitário. Sim, poderia inventar uma história glamorosa e dizer que mergulhou nas águas do mar ou numa luxuosa piscina. Mas não, o safado, por meu descuido, mergulhou na privada.
Fotos, contatos, vídeos, músicas e a praticidade de sua funcionalidade altamente tecnológica de repente geraram um desespero terrível que gelou meu corpo inteiro. Como já vivi isso antes, mesmo que com um aparelho menos top, já tinha certa noção dos primeiros socorros. Mas era noite de Ano Novo... Como desligar tudo, tirar chip, memória e bateria e ficar incomunicável com os entes queridos, numa data tão especial? Momento decisivo. Ou isso, tentando eliminar a umidade que se instalou em suas engrenagens com secador de cabelo, arroz e sol pela manhã seguinte, ou arriscar usá-lo por alguns momentos e perdê-lo para sempre. Optei pela paciência e bom senso e meu android continua na UTI, aguardando uma reação que torço para ser positiva.
Fora isso, os fogos de artifício pipocando pelo condomínio e desesperando meus cães, era outro fator de tensão. Prata ofegante parecia ter corrido a São Silvestre e mantinha um olhar de terror. Cézar corria e latia de um lado a outro e tentava atravessar a porta de vidro para entrar em casa, mas com Prata e Malu refugiadas no quarto, impossível...
E eu ali, firme, amenizando o sofrimento deles pelo barulho dos fogos, na certeza de que essas horas passariam logo e tudo voltaria ao normal. Quanto ao celular, também exercitei a paciência e sublimei.
Abri meu Lambrusco com direito a estouro de rolha, saboreei minha sopa de lentilhas e depois o peixe de Carolina Ferraz com arroz grego. Mais tarde, coloquei a roupa de cama nova e deitei assistindo TV até adormecer.
Acordei às seis da manhã com vozes e buzinas em alguma casa próxima. Olhei o relógio e ainda era cedo para levantar. Às sete horas, sai do leito e vi aquele sol lindo, ouvi os pássaros em sua sinfonia matinal maravilhosa e dei bom dia para Prata que parecia totalmente refeita. Fui à varanda, saudei 2015 e Cézar que já estava mais calmo. Por fim, soltei Malu de seu quarto.
E nessa atmosfera tranquila e quase poética, o perfume do café invadiu a casa e dividi mais esta refeição, com sabor de serenidade, na alegre e deliciosa companhia de Prata e Malu a me olharem com amor, o mesmo amor que as devolvo constantemente.
Mas algo, além de tudo isso, se mostrou fascinante nesta primeira manhã do Novo Ano. Uma Márcia que gostei de ver no espelho. Semblante leve e renovado, dona de si, ciente do que está à sua volta e principalmente do que se passa em seu todo como ser único. Repaginada? Renovada? Talvez... Mas certamente esta é a Márcia que gosto de ver e ser.

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